Não. O Yoga não é nenhum tipo de ginástica nem modalidade alguma de Educação Física.
Uma prática completa de Yoga compreende técnicas emocionais, mentais,
corporais, bioenergéticas etc., através de procedimentos orgânicos,
respiratórios, relaxamentos, limpeza de órgãos internos, vocalizações,
concentração, meditação. Mesmo as técnicas corporais do Yoga não são atividade física nem
desportiva e são completamente diferentes das da ginástica. Até as regras e os
princípios são totalmente diversos. Vejamos alguns exemplos:
1 )
MOVIMENTO
• Na
Educação Física o movimento e a repetição são elementos fundamentais. A boa
forma, os efeitos e o bom rendimento dependem da repetição adequada.
• No Yoga, mais do que o movimento, o que importa é a permanência na fase crítica
da técnica e, mais do que a repetição do mesmo procedimento, importa a
diversificação das técnicas, ainda que possam ser convergentes com relação aos
efeitos proporcionados.
2 )
AQUECIMENTO
• Na
Educação Física é imprescindível um bom aquecimento muscular prévio para evitar
distensões.
• No Yoga não se faz aquecimento prévio, mesmo que esteja muito frio. Apesar
disso, no Yoga não se observam distensões. O fenômeno explica-se, em
parte, pela ampla consciência corporal desenvolvida pelo praticante, que passa
a conhecer perfeitamente seus limites e sabe que não deve excedê-los e, em
parte, pela sofisticada tecnologia desenvolvida empiricamente durante cinco mil
anos de experiência.
Ocorre que,
quando as fibras musculares são aquecidas, dilatam-se, dando a falsa impressão
de maior flexibilidade, mas depois voltam a se contrair pelo esfriamento no
final do exercício. Não se usa aquecimento para que as fibras musculares
desenvolvam um alongamento real, definitivo, mesmo quando o corpo estiver frio.
Isso também
fundamenta fisiologicamente o fato comprovado de que a performance conquistada
pelo praticante de Yoga incorpora-se definitivamente ao seu patrimônio
corporal e ele, mesmo parando de seguir um programa regular de prática, não
perde a boa forma durante meses ou anos, dependendo do nível de adiantamento
obtido na fase de treinamento intensivo.
Assim,
quando um praticante de Yoga é surpreendido por um incidente físico
conta com um organismo muito bem condicionado a reagir sem a necessidade de
aquecimento prévio. Como um gato, fica instantaneamente em condições
neurológicas e endócrinas para enfrentar o desafio. Depois, volta rapidamente à
calma.
3 ) ÁREAS
ATINGIDAS
• A Educação
Física atinge prioritariamente músculos e articulações. Depois, o sistema
cardiovascular. Só secundariamente, o resto do organismo. A mente não é
trabalhada e limita-se a receber o benefício da higiene mental. Mas não há
exercícios mentais nessa especialidade que se propõe a uma educação física.
• No Yoga é exatamente o inverso. Os efeitos começam se processando nas áreas mais
profundas e afloram até chegar ao organismo. Nele, manifestam-se inicialmente
nos sistemas nervoso e endócrino. Depois, no sistema circulatório e nos órgãos
internos. Só por último os resultados chegam às demais partes do organismo.
4 )
RESPIRAÇÃO
• Na
Educação Física dá-se uma razoável importância à respiração, porém não há uma
tecnologia respiratória específica. Basta fazer respirações profundas.
Permite-se respirar pela boca. Tradicionalmente (ainda hoje) é comum que o
treinador mande o desportista encher de ar a parte alta do tórax em detrimento
da região diafragmática, que é a mais importante pela quantidade maior de ar
que comporta.
• No Yoga, uma das primeiras coisas é reaprender a respirar. Respirar sempre pelas
narinas, fora os casos excepcionais. Com treinamento para dominar eletivamente
os músculos respiratórios abdominais numa circunstância, intercostais noutra,
subclaviculares noutra e assim por diante. Controlar diferentes ritmos para
distintos objetivos, e acoplar a determinadas técnicas respiratórias a
contração deste ou daquele plexo ou glândula endócrina, a fim de dinamizar o
efeito da técnica.
Utilizam-se
46 respiratórios diferentes e mais alguns que não podem sequer ser ensinados
por livros, tal o poder que possuem e também devido à sua capacidade de
despertar para-normalidades. Estas, as paranormalidades, também não fazem parte
do currículo de Educação Física!
5 ) GASTO DE
ENERGIA
• No Yoga, em sete oitavos da prática (sete em oito tipos de técnicas) o dispêndio
de energia é próximo de zero. Em todos os oito feixes de técnicas capta-se,
gera-se, canaliza-se ou armazena-se energia solar, telúrica e pránica de
diversos tipos, das mais variadas fontes limpas e inesgotáveis.
Por isso as
técnicas de Yoga são agradáveis e não cansam. Mesmo sem esforço os
efeitos ocorrem com intensidade, desde o primeiro dia.